Ela perdeu o controle

Projeto em desenvolvimento com estréia prevista para 2025 – 2026

Photo © Nicole Pschetz e Joseph Jaouen

Teatro físico e experiência binaural para 12 espectadores.
Duração: 25 minutos (até 3 apresentações por dia, com um intervalo de 15 à 20 minutos entre cada sessão para a preparação da seguinte).
À partir de 14 anos.


Uma ligação telefônica. Uma mulher em perigo. Um operador de vídeo monitoramento pego no fogo cruzado.


Primeira parte de uma trilogia de suspense que aborda o tema de sociedade de controle, onde a sensação de segurança está intimamente ligada à implementação de sistemas de vigilância. Nesta peça o público será acolhido pela anfitriã Sybille, uma personagem surrealista: uma colagem com trejeitos de boneca quebrada e voz de vidente. Ela que tudo ouve e tudo vê nos fera mergulhar em uma história na qual a vigilância é um catalisador de relações humanas distorcidas. Seremos testemunhos de um triângulo de dependência e de dominação que utilizará como pano de fundo uma casa vazia. Este espaço, repleto de câmeras instaladas para detectar possíveis invasores, será visitado quotidianamente por uma mulher de hábitos estranhos. Um operador de vídeo monitoramento se encontrará preso na sua própria necessidade de conexão e colocará em questão a infalibilidade e neutralidade dos dispositivos que observam e registram a nossa intimidade. Afinal: quem tem o controle? Ou quem controla quem?

Photo © Nicole Pschetz e Joseph Jaouen


Equipados de fones de ouvido o público participará de uma experiência sensorial binaural desconcertante. Neste ambiente sonoro imersivo ouviremos vozes externas e internas, e entraremos juntos no mais íntimo de cada personagem: o subconsciente. A narração será acompanhada por imagens da casa vigiada transmitidas em uma televisão hackeada e transformada em objeto cênico. As personagens desta história, atuantes ou alvos da vigilância, serão controlados e manipulados por uma força invisível e omnipresente: o comando.

Esta peça de teatro físico e multimídia tem como inspiração os antigos parques de diversão, a vídeo arte, e a ficção radiofônica. Ela busca a sensação de supresa das primeiras experiências de som e imagem em movimento, através de uma combinação de dispositivos tradicionais (ou mesmo obsoletos) e tecnologias sonoras de ponta. Ela brinca com a presença e a ausência, com o sentimento de segurança e a imprevisibilidade. Uma forma híbrida inovadora onde cada membro do publico será testemunho ou, até mesmo, olhar ativo.

Photo © Nicole Pschetz e Joseph Jaouen

Dramaturgia, direção, figurinos, interpretação – Nicole Pschetz

Criação sonora e musical, criação digital, robótica, interpretação – Joseph Jaouen

Interpretação (Voz off) – Leonardo Ventura

Apoios: Anis Gras, le Lieu de l’autre e Festival MIM (Montpellier).